Thomas Plamberger, de 39 anos, está sendo processado por homicídio pela morte de sua namorada Kerstin Gurtner, de 33 anos, no monte Grossglockner. Em janeiro de 2025, ele teria abandonado Kerstin em condições extremas de frio na montanha mais alta da Áustria, deixando-a “exausta, hipotérmica e desorientada”. A última foto da vítima no local foi divulgada na semana passada.
O que inicialmente foi considerado um acidente transformou-se em caso criminal após investigações detalhadas. A promotoria sustenta que Thomas deixou Kerstin deliberadamente em situação perigosa, sem fornecer proteção contra o vento e sem utilizar equipamentos básicos de segurança como sacos de dormir de emergência ou cobertores térmicos.
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Segundo as autoridades, a tragédia ocorreu devido a uma sequência de erros cometidos por Thomas. Os promotores argumentam que ele deveria ter atuado como “guia responsável”, já que Kerstin tinha menos experiência em alpinismo. Em vez disso, ele optou por uma subida noturna arriscada para a qual sua companheira não estava adequadamente equipada, usando calçados impróprios para a atividade.
O episódio fatal aconteceu quando Thomas supostamente deixou Kerstin para buscar socorro às 2h da madrugada. Os socorristas só chegaram às 10h da manhã, quando ela já havia morrido devido à exposição prolongada às baixas temperaturas.
No Grossglockner, que atinge 3.799 metros de altitude, as condições climáticas eram severas na noite do incidente. Ventos com rajadas de até 74 km/h fizeram a temperatura cair drasticamente de -8°C para -20°C. O casal ficou retido na montanha por volta das 20h50, e mesmo quando um helicóptero policial sobrevoou a área às 22h50, Thomas não sinalizou por ajuda. Após diversas tentativas da Polícia Alpina, ele finalmente falou com um agente aproximadamente à 00h35.
Permanece sem explicação por que Thomas não pediu socorro durante o sobrevoo do helicóptero, nem os detalhes completos da conversa com o policial, descrita como confusa nos registros oficiais. Também não está claro por que ele não voltou a contatar os serviços de emergência posteriormente.
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O processo judicial agora segue seu curso com Thomas respondendo às acusações de homicídio. A promotoria fundamenta seu caso nas evidências de negligência e nas decisões que culminaram na morte de Kerstin.
Enquanto a acusação afirma que Thomas abandonou Kerstin “para morrer”, o acusado descreve o ocorrido como uma “fatalidade”, segundo informações do “Daily Star“. Os promotores argumentam que a tragédia resultou diretamente das escolhas de Thomas, incluindo iniciar a escalada com atraso significativo em condições árticas e sem os equipamentos de emergência necessários.
