Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, utilizou sua conta no Instagram para desafiar os Estados Unidos e anunciar planos para o próximo ano. A publicação ocorreu nessa sexta-feira (12/12), em meio ao aumento das tensões entre Caracas e Washington. No vídeo compartilhado, Maduro prometeu que 2026 será marcado pelo que denominou “big bang do poder popular”.
Na mensagem divulgada em sua conta oficial, o líder venezuelano afirmou que os “imperialistas acreditavam que o povo venezuelano iria se intimidar”. Ele destacou, porém, que “ninguém se acovardou” frente às pressões internacionais.
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O pronunciamento acontece enquanto os EUA intensificam medidas restritivas contra o regime venezuelano. O governo norte-americano ampliou sanções que agora abrangem familiares da esposa de Maduro, Cilia Flores, e empresas ligadas ao setor petrolífero do país sul-americano.
Maduro, que governa a Venezuela desde 2013 após a morte de Hugo Chávez, também declarou que seu país dará um “salto que assombrará o mundo” no próximo ano. As declarações foram feitas diretamente de Caracas através da plataforma de mídia social.
Washington retomou operações de interceptação de navios venezuelanos no Oceano Pacífico. Os Estados Unidos mantêm uma recompensa de até US$ 50 milhões por informações que levem à captura do presidente venezuelano.
O governo venezuelano não forneceu detalhes específicos sobre a implementação do “big bang do poder popular” mencionado por Maduro, nem sobre as medidas concretas para realizar o “salto” prometido para 2026.
Em aparições públicas recentes, Maduro tem criticado diretamente a administração americana. Após a apreensão de um navio petroleiro venezuelano, ele acusou os EUA de praticarem “pirataria internacional”.
Em outra transmissão pela televisão estatal venezuelana, Maduro cantou a música “Don’t Worry, Be Happy“, dedicando-a aos “cidadãos estado-unidenses contrários à guerra”.
As declarações do presidente venezuelano surgem em um período de forte pressão interna. Relatórios da ONU documentam violações sistemáticas de direitos humanos por forças de segurança governamentais, incluindo casos de tortura e detenções arbitrárias.
A oposição venezuelana ganhou novo impulso recentemente após María Corina Machado, crítica do governo, receber o Prêmio Nobel da Paz, fortalecendo a posição dos opositores ao regime atual.
