O exército israelense foi responsável por 43% dos assassinatos de jornalistas em todo o mundo nos últimos 12 meses, conforme aponta relatório da RSF (Repórteres Sem Fronteiras). O documento foi divulgado nesta terça-feira (09/11) e contabiliza 67 profissionais de imprensa mortos globalmente até 1º de dezembro de 2025. Gaza aparece como principal zona de risco para comunicadores.
O levantamento da RSF registra ainda 503 jornalistas presos em 47 países, 135 desaparecidos e 20 mantidos como reféns em diferentes regiões do mundo. A organização considera em sua metodologia os crimes que são “consequência direta do exercício de sua profissão”.
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Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, em outubro de 2023, as forças israelenses mataram aproximadamente 220 profissionais de comunicação. Desse total, pelo menos 65 foram mortos enquanto exerciam suas atividades jornalísticas.
Os dados mostram que 29 dos 67 jornalistas assassinados no período analisado eram palestinos que trabalhavam em Gaza. O México figura como segundo local mais perigoso para a imprensa, com 9 profissionais mortos no último ano.
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O relatório indica que apenas 2 dos 67 jornalistas assassinados eram estrangeiros. Os outros 65 foram mortos em seus próprios países enquanto realizavam coberturas jornalísticas.
A Síria responde por 25% dos desaparecimentos de profissionais da imprensa em todo o mundo. Mesmo após a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, vários jornalistas continuam com paradeiro desconhecido no país.
Em agosto deste ano, profissionais de imprensa israelenses protestaram em Tel Aviv contra a morte de seis jornalistas da Al Jazeera em Gaza, evidenciando preocupações com a segurança dos comunicadores que ultrapassam fronteiras nacionais.
