O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o líder ucraniano Volodymyr Zelensky “não tem nada até que eu aprove”, em referência às negociações para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia. A declaração foi dada poucos dias antes de uma reunião entre os dois, marcada para este fim de semana, na Flórida (26/12).
Território vira moeda principal da conversa
A fala de Trump deixa claro que o encontro terá foco total nas questões territoriais, consideradas o maior impasse para um acordo de paz. Zelensky já antecipou que pretende discutir áreas estratégicas como Donbas e a usina nuclear de Zaporizhzhia, hoje sob controle russo, além de outros pontos sensíveis do conflito.
O presidente ucraniano avalia que “muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo” e sinalizou disposição para avançar, desde que haja garantias mínimas. Segundo ele, qualquer concessão territorial só poderia ser validada por meio de um referendo popular na Ucrânia, caso a Rússia aceite um cessar-fogo.
EUA pressionam, Rússia mantém exigências
Do outro lado da mesa, Moscou exige que Kiev se retire de áreas do leste, especialmente em Donetsk, enquanto a Ucrânia defende o congelamento dos combates nas linhas atuais. Para tentar destravar o impasse, os Estados Unidos chegaram a sugerir a criação de uma zona econômica livre nas regiões afetadas, mas sem detalhar como isso funcionaria na prática.
A postura de Trump reforça o peso político de Washington nas negociações e eleva a tensão às vésperas do encontro. Enquanto isso, a guerra segue como o conflito mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com o relógio diplomático correndo contra o tempo.
