Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioMundoTrump diz que não vai "perder tempo" com Argentina...

Trump diz que não vai “perder tempo” com Argentina se Milei perder eleições de meio de mandato

Os comentários de Trump ocorreram enquanto ele e Milei se reuniam na Casa Branca, nesta terça-feira (14)

O apoio dos Estados Unidos à Argentina depende do sucesso do partido do presidente Javier Milei nas eleições legislativas de meio de mandato que vão ocorrer neste mês, disse o presidente Donald Trump nesta terça-feira (14), afirmando que “não perderemos nosso tempo” se a legenda de Milei não vencer.

Os comentários de Trump ocorreram enquanto ele e Milei se reuniam na Casa Branca, poucos dias depois de os EUA concordarem em fornecer uma importante ajuda financeira à nação sul-americana.

“Estou com esse homem porque sua filosofia é correta e ele pode vencer”, disse Trump antes de um almoço na Casa Branca com Milei e membros do gabinete do norte-americano. “Ele pode não ganhar, mas acho que vai ganhar. E se ele ganhar, nós ficaremos com ele. E se ele não ganhar, nós vamos embora.”

A declaração de Trump abalou os mercados argentinos que haviam sido impulsionados pelo pacote de apoio anunciado recentemente pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

O principal elemento do pacote diz respeito a um acordo de swap cambial de U$20 bilhões com o Banco Central da Argentina, trocando dólares americanos estáveis por pesos voláteis. O principal índice da bolsa argentina reverteu os ganhos anteriores e caiu cerca de 2% após os comentários de Trump

Na reunião desta terça-feira, Bessent afirmou que o pacote — cujos detalhes completos não foram anunciados — tem como base a continuidade das políticas econômicas favorecidas pelo governo Trump. “Voltar às políticas peronistas causaria um repensar”, disse Bessent.

Bessent esclareceu, no entanto, que o pacote de ajuda não está condicionado ao fim do acordo de swap cambial separado entre a Argentina e a China. “A assistência americana à Argentina não depende do fim do swap com a China”, disse Bessent.

A ajuda econômica à Argentina é uma medida incomum para os EUA. A Casa Branca apresentou o acordo como um esforço estratégico para estabilizar um importante aliado regional. Mas ele atraiu críticas em seu país.

Parlamentares democratas acusaram Trump de priorizar resgates estrangeiros e proteções a investidores enquanto o governo dos EUA continua paralisado. Agricultores norte-americanos também expressaram frustração, observando que a China transferiu as compras de soja dos produtores dos EUA para os produtores argentinos neste ano.

Embora os detalhes do acordo permaneçam obscuros, o resgate poderia oferecer a Milei um impulso político muito necessário, já que trabalha para evitar o agravamento da crise econômica e reforçar o apoio de seu partido.

Ele sofreu um grande revés no mês passado, quando a sigla perdeu uma eleição provincial importante e tem pela frente uma votação crítica de meio de mandato no final deste mês.

A assistência também deixa à mostra até que ponto o governo Trump está disposto a apoiar um aliado político que cultivou fortes laços com o presidente e os conservadores norte-americanos nos últimos anos.

Trump descreveu Milei como seu “presidente favorito”, e o presidente argentino foi um dos dois líderes mundiais presentes no palco durante a posse de Trump.

por Reuters

MAIS LIDAS

Notícias que importam para você

Lula se reúne com papa Leão XIV, pela primeira vez, no Vaticano

Lula se reúne com papa Leão XIV, pela primeira vez, no Vaticano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta segunda-feira (13), no Vaticano, com o papa Leão...
China diz que responderá com firmeza aos EUA sobre ameaça tarifária

China diz que responderá com firmeza aos EUA sobre ameaça tarifária

Se os Estados Unidos estiverem determinados a seguir o próprio caminho, a China tomará resolutamente as medidas correspondentes para...
Mauro Vieira e Marco Rubio se encontram pela primeira vez para tratar tarifaço

Mauro Vieira e Marco Rubio se encontram pela primeira vez para tratar tarifaço

Este será o primeiro encontro entre as autoridades dos dois países após a conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump
Tensão na Venezuela: quem é o chefe das forças dos EUA na América Latina que se demitiu

Tensão na Venezuela: quem é o chefe das forças dos EUA na América Latina que se demitiu

The New York Times revelou que a preocupação de Alvim Halsey sobre o conflito na Venezuela teriam motivado a saída antecipada do cargo