A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu nesta segunda-feira (8) revogar a prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), com 42 votos favoráveis à soltura e 21 contrários. A votação ocorreu durante sessão extraordinária que contou com a presença de 65 dos 70 deputados estaduais.
Bacellar foi detido pela Polícia Federal (PF) no dia 3 de dezembro, durante a Operação Unha e Carne. O mandado de prisão, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também determinou seu afastamento da presidência da Alerj. Segundo investigações da PF, o parlamentar é suspeito de ter vazado informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun, que prendeu o então deputado estadual TH Joias em setembro deste ano.
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A sessão extraordinária foi convocada pelo vice-presidente da Casa, Thiago Pampolha, também do União Brasil. Dos 70 parlamentares que compõem a Alerj, três estiveram ausentes, um encontrava-se licenciado e o próprio Bacellar não participou por estar detido. Além dos votos favoráveis e contrários, foram registradas duas abstenções.
A análise da votação por partido mostra diferentes posicionamentos. Todos os deputados presentes do União Brasil, legenda de Bacellar, votaram pela revogação da prisão. O PP, Solidariedade e Republicanos contribuíram com quatro, quatro e três votos favoráveis, respectivamente. PRD, Podemos, PMN, PMB, PDT, Avante e Agir forneceram um voto cada pela libertação.
No PL, 14 parlamentares apoiaram a soltura e apenas três foram contrários. Em contraste, PT e PSD apresentaram mais votos pela manutenção da prisão: no PT foram cinco votos “não” e um “sim”, enquanto no PSD foram três contrários e dois favoráveis.
As bancadas do PSOL, PSB e PCdoB votaram unanimemente contra a revogação, somando cinco, dois e dois votos “não”, respectivamente.
As duas abstenções registradas vieram dos deputados Delegado Carlos Augusto (PL) e Rafael Picciani (MDB). Entre os ausentes estavam Dioniso Lins (PP), em licença médica, Felipe Soares (União Brasil), Cláudio Caiado (PSD) e Vinicius Cozzolino (União Brasil).
