O suplente Adilson Barroso (PL-SP) assumirá a cadeira de deputado federal deixada por Carla Zambelli (PL-SP) na Câmara dos Deputados. A parlamentar entregou sua carta de renúncia neste domingo (14/12), enquanto se encontra na Itália. A posse do substituto está prevista para a primeira sessão da Casa, marcada para segunda-feira.
A Câmara dos Deputados confirmou oficialmente o recebimento da comunicação de renúncia. “A Câmara dos Deputados informa que a Deputada Carla Zambelli (PL/SP) comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia ao mandato parlamentar na data de hoje”.
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A decisão de Zambelli ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar a perda de seu mandato parlamentar, anulando a votação realizada na Câmara que havia mantido a deputada no cargo. Na quarta-feira, o plenário da Casa havia rejeitado a cassação com 227 votos favoráveis e 170 contrários, não atingindo os 257 necessários para confirmar a perda do mandato.
Segundo Moraes, a votação na Câmara “ocorreu em clara violação” à Constituição, pois o papel da Casa seria apenas declarar a perda do mandato, não decidir se acatava ou não a decisão judicial. O ministro também ordenou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), empossasse o suplente em até 48 horas.
Zambelli foi condenada em dois processos no STF. Em um deles, recebeu pena de 10 anos de prisão por comandar uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sentença que se tornou definitiva em junho deste ano. No outro caso, foi condenada a 5 anos e 3 meses por perseguição armada a um apoiador do presidente Lula às vésperas das eleições de 2022.
Barroso, que obteve mais de 62 mil votos nas eleições de 2022, é o primeiro suplente do PL em São Paulo. Em suas redes sociais, ele se apresenta como “bolsonarista de Direita, conservador, Patriota, amigo do Pres. Jair Bolsonaro, Michele Bolsonaro, Nikolas Ferreira”.
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O parlamentar já exerceu mandato na Câmara dos Deputados entre 2023 e 2025, ocupando a vaga de Guilherme Derrite (PP-SP). Sua trajetória política inclui passagens como vereador em Barrinha, interior paulista, pelo PTB em 1988 e pelo antigo PFL em 1992. Foi vice-prefeito da mesma cidade entre 1997 e 2002 e deputado estadual pelo Prona na Assembleia Legislativa de São Paulo de 2002 a 2010. Em 2016, retornou à Câmara Municipal de Barrinha.
Barroso foi um dos fundadores do PEN (Partido Ecológico Nacional) em 2012, legenda que posteriormente se tornou o Patriota em 2017. Em 2021, foi afastado da presidência do partido por ter negociado “individualmente” a filiação do então presidente Jair Bolsonaro, que buscava uma sigla para disputar as eleições de 2022. Após sua destituição do comando da legenda, Barroso se filiou ao PL no mesmo ano.
