O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para permanecer em prisão domiciliar “humanitária”. A solicitação foi feita nesta sexta-feira (21/11) e tenta evitar que ele seja levado para o presídio da Papuda, em Brasília. A defesa afirma que Bolsonaro tem doenças permanentes e necessita de “acompanhamento médico intenso”.
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Defesa fala em risco de vida
Segundo os advogados, a ida do ex-presidente para o presídio teria “graves consequências” e colocaria sua saúde em risco. Eles anexaram exames e relataram que Bolsonaro enfrenta falta de ar, uso diário de medicamentos que atuam no sistema nervoso central e episódios recorrentes de soluço gastroesofágico — quadro que, segundo eles, seria consequência da facada sofrida durante a campanha de 2018.
A defesa argumenta que essas condições são “incompatíveis com ambiente prisional comum” e por isso Bolsonaro deveria continuar em casa enquanto o caso avança no STF.
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Condenação e prazo final de recursos
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso que investigou o Núcleo 1 da trama golpista. Ele e outros réus podem ter as penas executadas nas próximas semanas. Na última semana, a Primeira Turma do STF rejeitou os embargos apresentados pelas defesas e manteve as condenações.
As equipes jurídicas têm até domingo (23/11) para enviar os últimos recursos. Se forem rejeitados, as prisões em regime fechado serão executadas.
Moraes ainda não decidiu
Não há previsão para Moraes analisar o pedido de prisão domiciliar. A defesa segue pressionando o STF enquanto tenta adiar a ida do ex-presidente para a Papuda.
