Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioPolíticaLula sanciona lei que aumenta penas para crimes sexuais...

Lula sanciona lei que aumenta penas para crimes sexuais contra vulneráveis

Nova legislação eleva para até 40 anos o tempo de reclusão e estabelece monitoramento eletrônico obrigatório após cumprimento da pena para condenados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou legislação que endurece as punições para crimes sexuais contra pessoas em situação de vulnerabilidade no Brasil. A nova lei eleva o tempo máximo de reclusão em até 30% para determinados delitos e estabelece monitoramento eletrônico obrigatório após o cumprimento da pena. A sanção ocorreu nessa segunda-feira (8) em Brasília, após aprovação final pelo Senado em novembro.

A legislação modifica dispositivos do Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Estatuto da Pessoa com Deficiência. As alterações buscam ampliar a proteção de crianças, adolescentes e outras pessoas vulneráveis em todo território nacional.

Siga a TMC no WhatsApp e fique por dentro das últimas notícias do Brasil e no mundo

Com as mudanças, o estupro de vulnerável passa a ser punido com 10 a 18 anos de prisão, em vez dos anteriores 8 a 15 anos. Quando o crime resulta em lesão corporal grave, a pena aumenta para 12 a 24 anos, anteriormente fixada entre 10 e 20 anos. Nos casos em que há morte da vítima, a punição sobe de 12 a 30 anos para 20 a 40 anos.

A corrupção de menores agora prevê reclusão de 6 a 14 anos, substituindo a pena anterior de 2 a 5 anos. Praticar ato sexual na presença de menor de 14 anos terá pena de 5 a 12 anos, antes fixada entre 2 e 4 anos.

Submeter menor à exploração sexual receberá punição de 7 a 16 anos, anteriormente estabelecida entre 4 e 10 anos. Oferecer, transmitir ou vender cenas de estupro terá pena de 4 a 10 anos, antes fixada entre 1 e 5 anos. O descumprimento de decisão judicial relacionada a esses crimes agora prevê reclusão de 2 a 5 anos, substituindo os anteriores 3 meses a 2 anos.

A lei também torna obrigatória a coleta de material biológico (DNA) de condenados e investigados por crimes sexuais para identificação do perfil genético. Os condenados por crimes contra a dignidade sexual e crimes contra a mulher serão monitorados eletronicamente ao deixarem o estabelecimento penal.

“O projeto também altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para prever tratamento médico e psicológico a famílias de vítimas e campanhas educativas contra o uso de castigos físicos e práticas degradantes.”

As ações previstas no ECA envolverão escolas, unidades de saúde, conselhos tutelares e organizações da sociedade civil no combate a práticas que violem a dignidade de crianças e adolescentes. A implementação prática do monitoramento eletrônico e a condução das campanhas educativas são aspectos que a legislação não detalha completamente.

MAIS LIDAS

Notícias que importam para você

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Pela primeira vez em 20 anos, a esquerda ficou fora do segundo turno na Bolívia, consequência de crise econômica e inflação galopante
Imagem mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro em audiência do julgamento da tentativa de golpe. Ele aparece no primeiro plano, com uma sombra que deixa apenas a silhueta do rosto dele. Atrás aparecem cadeiras da audiência.

STF publica condenação de Bolsonaro e avança mais uma etapa para pena de 27 anos

Após publicação do texto final do julgamento, prazo para defesa apresentar recursos que questionam eventuais omissões e contradições
Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski durante a abertura do II Fórum Global sobre Violência Domestica e Subtração Internacional de Crianças, em Fortaleza (CE)

“Nenhum pedido do governador Cláudio Castro até agora foi negado”, diz Lewandowski sobre acusação de recusar ajuda

Ministro da Justiça diz que governo federal tem atendido todos os pedidos do estado e cita transferências de líderes de facções para presídios federais
Imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o interrogatório dele no STF no processo que apura tentativa de golpe de estado

No último dia do prazo, defesa de Bolsonaro pede ao STF redução da pena por tentativa de golpe

No documento, os advogados afirmam que houve cerceamento de defesa, falhas no cálculo das penas e uso de uma delação “viciada e contraditória” do tenente-coronel Mauro Cid