Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioPolíticaMoraes diz que reuniões com Galípolo trataram apenas da...

Moraes diz que reuniões com Galípolo trataram apenas da Lei Magnitsky

Ministro do STF nega pressão sobre BC relacionada ao Banco Master, liquidado em novembro após suspeitas de fraudes bilionárias no mercado de crédito

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que seus encontros com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, trataram exclusivamente dos efeitos da Lei Magnitsky.

A declaração foi feita nesta terça-feira (23/12), após reportagem mencionar suposta pressão do magistrado sobre o BC relacionada ao Banco Master, instituição financeira liquidada em novembro.

Acompanhe tudo o que acontece no Brasil e no mundo: siga a TMC no WhatsApp

Moraes explicou que as conversas com Galípolo e outros representantes do setor financeiro abordaram as consequências da sanção imposta pelo presidente americano Donald Trump contra ele em julho de 2025. O ministro não fez qualquer menção ao Banco Master em seu pronunciamento.

“Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito”, declarou Moraes.

A manifestação do ministro ocorre depois que a colunista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”, reportou um suposto encontro entre ele e Galípolo para discutir a situação do Banco Master. Segundo a publicação, Moraes teria pressionado o presidente do BC e a autoridade monetária para aprovarem uma solução para a instituição financeira.

O Banco Central liquidou o Banco Master em 18 de novembro, durante investigações sobre possíveis fraudes bilionárias no mercado de crédito. Galípolo ainda não se pronunciou sobre as alegações envolvendo as conversas com o ministro do STF.

Na nota divulgada, Moraes informou que também conversou com outros representantes do setor financeiro no contexto da Lei Magnitsky. Entre os contatos citados estão a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, o presidente do BTG, Roberto Sallouti, e vice-presidentes do Bradesco e Itaú.

O caso ganhou maior repercussão após revelações sobre os negócios da família do ministro. O escritório liderado por Viviane Barci de Moraes representa legalmente o Banco Master em tribunais, no Congresso e na Receita Federal do Brasil.

Segundo “O Globo”, a empresa firmou contrato com o banco de Daniel Vorcaro que prevê pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027. O acordo, se cumprido integralmente, resultaria em um total de R$ 129 milhões para o escritório Barci de Moraes até o início de 2027.

O senador Alessandro Vieira anunciou na segunda-feira (22/12) que buscará assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI investigaria o contrato entre o escritório e o banco, além das suspeitas de que Moraes teria intercedido junto a Galípolo em favor do Banco Master.

Leia mais: Lula assina decreto e indulto de Natal exclui condenados por tentativa de golpe

MAIS LIDAS

Notícias que importam para você

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Pela primeira vez em 20 anos, a esquerda ficou fora do segundo turno na Bolívia, consequência de crise econômica e inflação galopante
Atriz Fernanda Torres segura com a mão uma Havaianas de cor amarela e verde

Entenda polêmica envolvendo Havaianas e ataques da direita

Deputados criticam propaganda com Fernanda Torres que fala em "não iniciar o ano com pé direito"
Imagem mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro em audiência do julgamento da tentativa de golpe. Ele aparece no primeiro plano, com uma sombra que deixa apenas a silhueta do rosto dele. Atrás aparecem cadeiras da audiência.

STF publica condenação de Bolsonaro e avança mais uma etapa para pena de 27 anos

Após publicação do texto final do julgamento, prazo para defesa apresentar recursos que questionam eventuais omissões e contradições
Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski durante a abertura do II Fórum Global sobre Violência Domestica e Subtração Internacional de Crianças, em Fortaleza (CE)

“Nenhum pedido do governador Cláudio Castro até agora foi negado”, diz Lewandowski sobre acusação de recusar ajuda

Ministro da Justiça diz que governo federal tem atendido todos os pedidos do estado e cita transferências de líderes de facções para presídios federais