Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioPolíticaPF encontra joias em operação contra assessora da Câmara...

PF encontra joias em operação contra assessora da Câmara ligada a Lira

Mariângela Fialek, a "Tuca", é investigada por irregularidades na indicação de emendas parlamentares durante gestão do ex-presidente da Câmara

A Polícia Federal apreendeu diversas joias na residência de Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, assessora da Câmara dos Deputados, durante operação realizada nessa sexta-feira (13/12) em Brasília. A ação faz parte da Operação Transparência, que investiga possíveis irregularidades na indicação de emendas parlamentares. Tuca era assessora do deputado e ex-presidente da Câmara, Arthur Lira.

Agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados à assessora, incluindo sua casa e salas que ocupava na Câmara. Durante as diligências, além das joias que serão periciadas para estimativa de valor, os policiais recolheram um celular e outros pertences pessoais.

Acompanhe tudo o que acontece no Brasil e no mundo: siga a TMC no WhatsApp

A operação recebeu autorização de um ministro do Supremo Tribunal Federal e contou com a concordância da Procuradoria-Geral da República. As investigações buscam esclarecer supostas irregularidades no direcionamento de recursos parlamentares.

Atualmente lotada na liderança do PP, Tuca trabalhou anteriormente como assessora do deputado federal Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa. Depoimentos de parlamentares colhidos durante a investigação indicam que ela atuava “diretamente na operacionalização do encaminhamento de emendas”.

Um dos locais vistoriados foi uma sala oficialmente destinada à Presidência da Câmara. Este espaço passou a ser utilizado por Mariângela em 2022, durante a gestão Lira, onde, segundo relatos, ela tratava de assuntos relacionados às emendas parlamentares.

A decisão judicial que autorizou as buscas aponta que há indícios de possível participação da assessora em esquema irregular. “Tais circunstâncias evidenciam fortes indícios de que a Representada [Tuca] integra uma estrutura organizada voltada ao indevido direcionamento de emendas parlamentares, supostamente atuando sob ordens diretas da antiga Presidência da Câmara dos Deputados, exercida pelo Deputado Arthur Lira, fato que ainda está em apuração”, registra o documento.

Leia mais: Moraes acompanha Gilmar e vota a favor de mudanças nas regras do foro privilegiado

O texto judicial também observa que “Constatou-se, ainda, que, mesmo após a alteração na Presidência da Casa, ela permaneceu no exercício da função“.

Em nota, a defesa de Mariângela negou irregularidades, afirmando que sua atuação era “técnica”. Segundo os advogados, “Nessa condição, era responsável tecnicamente pela organização das emendas parlamentares, nos exatos termos do que decidido pela Presidência da Casa e por todos os líderes partidários indistintamente (Colégio de Líderes)”.

O atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou-se em defesa da funcionária, descrevendo-a como “técnica competente”, “responsável” e “comprometida com a boa gestão da coisa pública”.

MAIS LIDAS

Notícias que importam para você

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Pela primeira vez em 20 anos, a esquerda ficou fora do segundo turno na Bolívia, consequência de crise econômica e inflação galopante
Imagem mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro em audiência do julgamento da tentativa de golpe. Ele aparece no primeiro plano, com uma sombra que deixa apenas a silhueta do rosto dele. Atrás aparecem cadeiras da audiência.

STF publica condenação de Bolsonaro e avança mais uma etapa para pena de 27 anos

Após publicação do texto final do julgamento, prazo para defesa apresentar recursos que questionam eventuais omissões e contradições
Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski durante a abertura do II Fórum Global sobre Violência Domestica e Subtração Internacional de Crianças, em Fortaleza (CE)

“Nenhum pedido do governador Cláudio Castro até agora foi negado”, diz Lewandowski sobre acusação de recusar ajuda

Ministro da Justiça diz que governo federal tem atendido todos os pedidos do estado e cita transferências de líderes de facções para presídios federais
Imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o interrogatório dele no STF no processo que apura tentativa de golpe de estado

No último dia do prazo, defesa de Bolsonaro pede ao STF redução da pena por tentativa de golpe

No documento, os advogados afirmam que houve cerceamento de defesa, falhas no cálculo das penas e uso de uma delação “viciada e contraditória” do tenente-coronel Mauro Cid