O secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmou que não gostaria que a atual versão do texto da PL (projeto de lei) Antifacção fosse votada nesta terça-feira (18/11).
“Pessoalmente, eu preferia que esse texto não fosse votado, que a gente pudesse ter muita calma, pudéssemos resgatar o texto original e à partir dele fazer os ajustes“, disse Sarrubo durante entrevista à TMC.
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O secretário ainda afirmou que “a gente entende que a direita e a extrema direita quer aumentar muito as penas, essa é a visão deles, temos que respeitar pois é do Congresso, mas destruir o texto e desidratar a Polícia Federal aí não dá. Precisamos lutar para isso. Esse é o papel do governo federal hoje”.
Durante a conversa com os apresentadores Rodrigo Alvarez e Joana Treptow, Sarrubbo também disse que a estratégia do governo é debater, principalmente os pontos centrais, e que o texto original enviado era consistente.
“Nosso projeto previa muito equilíbrio. O foco central era nas lideranças que estão dominando territórios, portanto na cabeça do crime. Prevíamos medidas cautelares, fortalecíamos os trabalhos das polícias e da Justiça, aumentávamos penas, prevíamos perda de bens com efeitos civis, entre outras medidas. Era um texto muito centrado construído por juristas e profissionais que pensam segurança pública e trabalham com isso no dia a dia”, disse.
Sarrubbo ainda citou que a atual versão do texto “desidrata a Polícia Federal, pois mexe no FUNAPOL (Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal)“.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta última segunda-feira (17/11) que manteria a votação da PL Antifacção para esta terça-feira (18/11).
