Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioPolíticaSenado pede ao STF suspensão de regra sobre impeachment...

Senado pede ao STF suspensão de regra sobre impeachment de ministros

Recurso questiona decisão de Gilmar que restringiu denúncias contra integrantes do Supremo e alterou quórum necessário para aprovação do processo

O Senado Federal protocolou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão ou revogação da decisão do ministro Gilmar Mendes que restringe à Procuradoria-Geral da República a prerrogativa de apresentar pedidos de impeachment contra integrantes da Corte.

O pedido foi formalizado nesta quarta-feira (10/12) e também solicita o cancelamento da sessão plenária agendada para sexta-feira (12/12), quando a medida seria submetida à validação pelos demais ministros do Supremo.

Acesse o canal da TMC no WhatApp para ficar sempre informado das últimas notícias

A decisão contestada foi emitida por Gilmar Mendes em 3 de dezembro, modificando dispositivos da Lei do Impeachment de 1950. O ministro suspendeu o trecho que autorizava qualquer cidadão a apresentar denúncia contra ministros do STF por crime de responsabilidade.

Além dessa restrição, a decisão de Gilmar alterou o quórum necessário para aprovação da abertura de processo de impeachment contra ministros do Supremo no Senado. O requisito passou de maioria simples para maioria qualificada, correspondente a dois terços dos senadores.

A advocacia do Senado fundamentou o recurso na necessidade de aguardar a tramitação de um projeto de lei sobre o tema que está em fase avançada no Congresso Nacional. O documento enviado ao STF destaca que a proposta legislativa que atualiza a Lei do Impeachment está pronta para análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Leia Mais: Datafolha: 31% rejeitam Congresso e 35% avaliam STF como ruim ou péssimo

Na argumentação apresentada, o Senado afirma que a medida cautelar interfere no processo legislativo em curso. “Os efeitos imediatos da decisão cautelar, ao alterarem parâmetros centrais do regime jurídico atualmente vigente, acabam por produzir efeitos reflexos no processo legislativo em andamento, criando zonas de dúvida interpretativa, risco de assimetrias normativas e obstáculos à elaboração técnica do novo diploma legal em fase final de consolidação”, diz o pedido.

O recurso será analisado pelo próprio Supremo, que decidirá sobre a manutenção ou suspensão da decisão de Gilmar Mendes. Se a sessão plenária for mantida para sexta-feira, a decisão individual do ministro poderá ser referendada pela Corte, consolidando as mudanças na Lei do Impeachment.

MAIS LIDAS

Notícias que importam para você

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Bolívia escolhe presidente de direita com candidatos pró-EUA e pragmáticos com Brasil

Pela primeira vez em 20 anos, a esquerda ficou fora do segundo turno na Bolívia, consequência de crise econômica e inflação galopante
Imagem mostra o ex-presidente Jair Bolsonaro em audiência do julgamento da tentativa de golpe. Ele aparece no primeiro plano, com uma sombra que deixa apenas a silhueta do rosto dele. Atrás aparecem cadeiras da audiência.

STF publica condenação de Bolsonaro e avança mais uma etapa para pena de 27 anos

Após publicação do texto final do julgamento, prazo para defesa apresentar recursos que questionam eventuais omissões e contradições
Ministro da Justiça Ricardo Lewandowski durante a abertura do II Fórum Global sobre Violência Domestica e Subtração Internacional de Crianças, em Fortaleza (CE)

“Nenhum pedido do governador Cláudio Castro até agora foi negado”, diz Lewandowski sobre acusação de recusar ajuda

Ministro da Justiça diz que governo federal tem atendido todos os pedidos do estado e cita transferências de líderes de facções para presídios federais
Imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o interrogatório dele no STF no processo que apura tentativa de golpe de estado

No último dia do prazo, defesa de Bolsonaro pede ao STF redução da pena por tentativa de golpe

No documento, os advogados afirmam que houve cerceamento de defesa, falhas no cálculo das penas e uso de uma delação “viciada e contraditória” do tenente-coronel Mauro Cid