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Senador Weverton é alvo de operação contra fraudes no INSS

PF e CGU apuram esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários que pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Filho de "Careca do INSS" foi preso durante ação

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) executam uma nova etapa da Operação Sem Desconto, que investiga esquema de descontos ilegais em benefícios previdenciários. A ação ocorre nesta quinta-feira (18/12) em sete unidades federativas e tem entre seus alvos o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e um assessor dele.

Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a operação resultou na prisão de Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que já estava detido desde setembro pelo mesmo esquema. As autoridades cumprem 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares.

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O esquema criminoso foi identificado em abril de 2025, quando a PF descobriu descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. As fraudes envolviam cobranças de mensalidades descontadas diretamente dos benefícios previdenciários, simulando filiações voluntárias a associações que os beneficiários nunca autorizaram.

Segundo as investigações, os desvios podem chegar a R$ 6,3 bilhões. As diligências estão sendo realizadas em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

Os suspeitos retiravam valores mensalmente dos beneficiários do INSS, simulando filiações a associações de aposentados. O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, informou que essas associações alegavam oferecer serviços como assistência jurídica e descontos em academias e planos de saúde, mas não possuíam estrutura para isso.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 23 de abril, quando 11 entidades foram alvo de medidas judiciais e tiveram seus contratos com aposentados e pensionistas suspensos. O caso gerou uma crise no Ministério da Previdência, culminando na demissão do então ministro Carlos Lupi (PDT), que foi substituído por Wolney Queiroz, anteriormente secretário-executivo do órgão.

Em julho, o governo federal começou a devolver os valores indevidamente descontados, realizando o reembolso em parcela única, sem lista de prioridades. O prazo para contestação dos descontos não autorizados foi estendido até 14 de fevereiro de 2026.

O senador Weverton Rocha informou, através de uma nota divulgada para imprensa, que recebeu com surpresa a busca na sua residência, com serenidade se coloca à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas assim que tiver acesso integral a decisão.

Como solicitar devolução?

Os cidadãos prejudicados pelo esquema podem solicitar a devolução do dinheiro por três canais: pelo aplicativo ou site Meu INSS, através do serviço “Consultar Descontos de Entidades Associativas”; pela Central 135, com ligação gratuita disponível de segunda a sábado, das 7h às 22h; ou presencialmente em mais de 5 mil agências dos Correios, que oferecem atendimento assistido e gratuito.

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