O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta terça-feira (24/12) que os R$ 470 mil em espécie apreendidos pela Polícia Federal durante uma operação em um flat usado por ele, em Brasília, têm origem lícita e são resultado da venda de um imóvel em Minas Gerais.
Venda de imóvel, dinheiro vivo e reação pública
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado disse que decidiu se manifestar para esclarecer os fatos e rebater o que chamou de “mais um capítulo de perseguição política” contra parlamentares conservadores. Segundo Sóstenes, o imóvel foi comprado em 2023, registrado em cartório, declarado no Imposto de Renda e vendido após reforma.
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De acordo com o parlamentar, a casa, localizada em Tuiutaba (MG), chegou a ser anunciada por R$ 690 mil, mas acabou negociada por R$ 500 mil à vista, pagos em dinheiro. Parte desse valor — os R$ 470 mil — estava guardada no flat em Brasília no momento da operação.
Sóstenes afirmou que toda a transação foi intermediada por imobiliária e que a origem do dinheiro pode ser comprovada. Ele também disse acreditar que, após os esclarecimentos à Polícia Federal e ao ministro Flávio Dino, do STF, o valor será devolvido.
Operação Galho Fraco mira cota parlamentar
A apreensão ocorreu durante a Operação Galho Fraco, deflagrada pela PF na sexta-feira (19/12). A investigação apura suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar por meio de empresas de fachada, incluindo uma locadora de veículos. Além de Sóstenes, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também foi alvo.
Segundo os investigadores, há indícios de uso de verbas públicas para cobrir despesas consideradas inexistentes ou irregulares. No caso de Sóstenes, o dinheiro foi encontrado dentro de um saco preto, guardado em um armário do flat.
O deputado reforçou que não teme as investigações e disse que o caso será esclarecido. As apurações seguem em andamento.
