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Cientistas descobrem “vulcões de gelo” em cometa interestelar 3I/Atlas; entenda

Pesquisadores identificaram criovulcanismo após análise de imagens do corpo celeste, que veio de outro sistema estelar

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu evidências de criovulcanismo no objeto interestelar 3I/Atlas. O fenômeno, caracterizado pela liberação de gases e materiais congelados, foi identificado nesta terça-feira (16/12) após análise de imagens que mostram jatos emitidos de áreas específicas da superfície do corpo celeste. A NASA classifica o objeto como cometa, embora o estudo sugira que possa ser um asteroide com alta concentração de carbono e metal.

Os cientistas Josep M. Trigo-Rodríguez, Maria Gritsevich e Jürgen Blum, especialistas em corpos celestes, conduziram a pesquisa que revelou diferenças estruturais entre o 3I/Atlas e cometas tradicionais. Enquanto cometas comuns possuem um manto de poeira que isola o gelo subsuperficial, o objeto interestelar aparentemente não apresenta esta característica.

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“Mesmo que um cometa experimente uma explosão, o manto de poeira frequentemente se sela rapidamente ou o sistema se equilibra termicamente, fazendo com que o brilho retorne à tendência pré-explosão. O 3I, sendo primitivo e nunca processado termicamente, provavelmente não possui tal manto”, afirmam os pesquisadores no estudo.

O 3I/Atlas foi avistado pela primeira vez em 1º de julho de 2025. Sua trajetória e velocidade indicam que não está sob influência gravitacional do Sol, confirmando sua origem externa ao Sistema Solar. Este é apenas o terceiro objeto interestelar confirmado pela ciência até o momento.

A velocidade com que o corpo celeste ingressou no Sistema Solar sugere que ele pode ter sido ejetado para o espaço após um encontro “violento” em seu sistema estelar de origem. Esta característica, junto com sua estrutura, reforça a hipótese de que seja um asteroide com composição semelhante a alguns já conhecidos em nosso Sistema Solar.

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O objeto atingirá sua menor distância da Terra em 19 de dezembro, quando passará a aproximadamente 270 milhões de quilômetros do planeta. A NASA assegura que o 3I/Atlas não representa qualquer ameaça à Terra, independentemente de sua classificação.

A comunidade astronômica mundial tem demonstrado grande interesse pelo 3I/Atlas desde sua primeira observação. Por ser um visitante de outro sistema estelar, ele oferece oportunidade valiosa para estudos sobre a composição de corpos celestes formados fora do Sistema Solar.

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