Uma recente descoberta da Nasa pode trazer novas percepções e estudos em relação ao planeta Marte. Em setembro deste ano, durante a investigação do leito rochoso em “Vernodden”, o rover Perseverance encontrou uma rocha de formato incomum, com cerca de 80 centímetros de diâmetro, chamada “Phippsaksla”, na cratera Jezero.
Essa rocha foi identificada como um alvo de interesse devido à sua aparência esculpida e elevada, que diferia da das rochas circundantes, baixas, planas e fragmentadas. Confira:
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O que a descoberta revela?
O Perseverance também utilizou o instrumento SuperCam para observar Phippsaksla, revelando que ela possui alto teor de ferro e níquel. A descoberta é interessante para analisar a geologia de Marte e como certos minerais se comportam em sua superfície.
Segundo as informações divulgadas pela Nasa no início de outubro, essa combinação de elementos é geralmente associada a meteoritos de ferro-níquel formados no núcleo de grandes asteroides. Ou seja, as evidências sugerem que a se formou em outro local do sistema solar.
Agora, na parte externa da cratera de Jezero, sobre o leito rochoso que se sabe ter se formado por processos de impacto no passado devido a outras explorações, o Perseverance potencialmente encontrou um meteorito, mas essa informação ainda deve ser confirmada após novos estudos.
Caso essa rocha seja considerada um meteorito, o rover Perseverance poderá finalmente se juntar à lista de veículos exploradores de Marte que investigaram fragmentos de objetos rochosos que visitaram o planeta.
Outras descobertas rochosas em Marte
Ainda que a descoberta seja interessante, essa não é a primeira vez que um rover encontra uma rocha exótica em Marte. O rover Curiosity identificou muitos meteoritos de ferro-níquel ao longo de sua trajetória na cratera Gale, incluindo o meteorito “Líbano”, com 1 metro de diâmetro, em 2014, e o meteorito “Cacau”, detectado em 2023.
Os dois rovers de exploração de Marte, Opportunity e Spirit, também encontraram meteoritos de ferro-níquel durante suas missões. Assim, seria incomum ao Perseverance não encontrar meteoritos de ferro-níquel dentro da cratera Jezero.
Vale destacar que a cratera investigada na última missão possui idade semelhante à da cratera Gale e o número de crateras de impacto menores, o que sugere que meteoritos caíram no fundo, no delta e na borda da cratera ao longo do tempo.
