Cinco décadas depois de seu lançamento, “Bohemian Rhapsody” continua sendo um dos maiores mistérios e marcos história do rock. A letra jamais foi explicada por Freddie Mercury. O vocalista do Queen sempre preferiu manter o enigma, deixando que cada pessoa criasse sua própria interpretação. E, segundo Brian May, integrante da banda, hoje com 78 anos, é justamente esse mistério que dá à canção parte de seu charme eterno.
Lançada nas rádios britânicas em 1975, “Bohemian Rhapsody” tomou o Reino Unido, ocupando o topo das paradas por nove semanas seguidas. Nos Estados Unidos, chegou ao 9º lugar na Billboard Hot 100, um feito impressionante para uma música completamente fora dos padrões da época.
E não era por acaso. Quando Freddie começou a imaginar a canção, muitos não entendiam exatamente o que ele estava tentando criar. Nos primeiros ensaios, ele descrevia a ideia como uma “ópera rock”, algo praticamente impensável para o rock mainstream dos anos 70. O resultado foi uma obra ousada: dividida em seis partes, sem refrão e sem qualquer estrutura repetitiva.
A gravadora, preocupada com a recepção comercial, tentou convencer o Queen a reduzir o tempo da faixa para três minutos. A banda bateu o pé e venceu. Graças a uma pequena teimosia, o mundo ganhou quase seis minutos de uma experiência musical única.
Após a morte de Freddie Mercury, em 1991, aos 45 anos, vítima de complicações da AIDS, “Bohemian Rhapsody” voltou às paradas como uma despedida aos fãs. E, em 2018, com o lançamento do filme que conta a história do Queen, a música ressurgiu mais uma vez no topo das paradas digitais, provando que seu impacto segue conquistando um novo público.
A verdade é que “Bohemian Rhapsody” nunca saiu realmente de cena. Cinquenta anos depois, continua sendo descoberta por novas gerações, celebrada pelas antigas e reconhecida como uma das criações mais originais e emblemáticas da música popular. Um clássico que não se explica — apenas se sente.
