A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou para o risco de a temporada de gripe nas Américas iniciar precocemente e ter maior impacto em 2026. O aviso baseia-se na circulação antecipada do vírus influenza A (H3N2) no Hemisfério Norte, especialmente de um subclado específico conhecido como K.
A entidade recomenda que os países do continente americano, incluindo o Brasil, reforcem a vigilância epidemiológica e as campanhas de vacinação. A preocupação surge mesmo sem evidências atuais de aumento na gravidade clínica dos casos.
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O monitoramento genômico global detectou, desde agosto de 2025, uma expansão acelerada do subclado J.2.4.1 (K) do vírus H3N2 em diversos países. Embora a circulação ocorra atualmente com maior intensidade no Hemisfério Norte, a OMS considera provável que essas cepas cheguem a outras regiões nos próximos meses.
O Brasil e demais nações do Hemisfério Sul devem se preparar para essa possibilidade. O padrão histórico mostra que o comportamento do influenza tende a ser global, com cepas circulantes no Norte chegando ao Sul posteriormente, facilitado pelo fluxo de viagens internacionais.
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Idosos, crianças pequenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas e indivíduos imunocomprometidos formam os grupos de maior risco. Esses segmentos concentram entre 70% e 80% dos óbitos por influenza todos os anos, segundo a SBIm.
Dados preliminares sobre a eficácia vacinal indicam proteção de aproximadamente 70% a 75% contra hospitalizações em crianças e entre 30% e 40% em adultos.
