O comitê de segurança de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na quinta-feira (11/12) que novas análises de evidências científicas não encontraram nenhuma ligação entre as vacinas e o transtorno do espectro do autismo, reafirmando as conclusões obtidas há mais de duas décadas.
O Comitê Consultivo Global da OMS sobre Segurança de Vacinas avaliou duas revisões sistemáticas que abrangem estudos publicados entre 2010 e agosto de 2025.
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As revisões examinaram as vacinas em geral e as que continham tiomersal, um conservante à base de mercúrio que há muito tempo é acusado pelos críticos de contribuir para o autismo — uma alegação repetidamente rejeitada por estudos científicos.
Uma ligação causal entre vacinas e resultados de saúde é considerada apenas quando vários estudos de alta qualidade mostram consistentemente uma associação estatística, disse o comitê.
Vinte dos 31 estudos não encontraram evidências de uma associação entre vacinas e autismo, de acordo com a OMS.
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Onze estudos que sugeriram uma possível ligação foram considerados como tendo grandes falhas metodológicas e um alto risco de viés, disse o comitê.
No mês passado, o secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., disse em uma entrevista ao “New York Times” que havia instruído pessoalmente o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA a mudar sua posição de longa data de que as vacinas não causam autismo.
Por Reuters
