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Pedido de vista trava caso Zambelli e abre novela sobre futuro do mandato da deputada

Pedido de vista coletivo congela votação e adia, mais uma vez, o desfecho da crise envolvendo a parlamentar

O pedido de vista coletivo na CCJ da Câmara adiou, nesta terça-feira (3), a análise do relatório que tenta salvar o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos pelo STF e presa na Itália desde julho. O parecer do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), contrário à cassação, abriu um novo capítulo da novela política envolvendo a parlamentar.

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Defesa tenta ganhar tempo

O adiamento empurrou a votação para depois de duas reuniões do colegiado, o que garante alguns dias de fôlego para Zambelli e seus advogados. A expectativa é que a parlamentar e a defesa sejam ouvidas na próxima sessão da CCJ, enquanto aguardam a Justiça italiana decidir sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil.

Zambelli fugiu para a Itália pouco antes de sua prisão ser decretada, em meio à condenação por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No episódio, o hacker Walter Delgatti — também condenado — chegou a inserir um falso pedido de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Relator fala em “perseguição”

No parecer, Diego Garcia afirma que não há provas suficientes de que Zambelli ordenou a invasão. Segundo ele, uma “sombra de dúvida” deve favorecer o voto de quase um milhão de eleitores da deputada. O relator ainda acusou o STF de perseguição política e criticou decisões baseadas, segundo ele, em “arquivos enviados por e-mail” e no “testemunho dúbio” de Delgatti.

Garcia argumenta que cassar o mandato seria “punir os eleitores”, reforçando o discurso de que o Legislativo não pode repetir erros que, na visão dele, já teriam marcado o Judiciário.

Oposição reage duro

Parlamentares da oposição à bolsonarista reagiram com indignação. A líder do PSOL, Fernanda Melchionna (PSOL-RS), chamou o relatório de “tapa na cara do povo brasileiro” e lembrou que Zambelli segue presa em outro país, sem acesso à internet, enquanto seu gabinete custa cerca de R$ 140 mil por mês aos cofres públicos.

A decisão final sobre a cassação ainda passará pelo plenário da Câmara, que precisa de maioria absoluta dos 513 deputados para derrubar o mandato da parlamentar.

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