O Tesouro Nacional rejeitou, nesta terça-feira (03/12), a proposta do consórcio de bancos para conceder um empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios, após considerar a taxa ofertada — 136% do CDI — completamente fora da realidade para um crédito com garantia do governo. A Fazenda informou que aceita pagar até 120% do CDI, o que obrigou a estatal a apresentar uma contraproposta imediata.
Crise pesada e pressa por acordo
Agora, os Correios aguardam se os bancos topam os novos termos do Tesouro, enquanto o governo reforça que o empréstimo “não tem risco”, já que está totalmente garantido. A operação é vista como essencial para o plano de reestruturação da empresa, que vive um período de turbulência financeira.
Os números explicam o clima de urgência: a estatal projeta um prejuízo recorde ao fim deste ano, pior que o já negativo resultado do ano passado. Um comunicado interno antecipou que o buraco pode chegar a R$ 10 bilhões em 2025, superando em R$ 7 bilhões o balanço de 2024.
Com esse rombo, a alta cúpula da empresa aposta no empréstimo como combustível para as mudanças estruturais que pretende implementar. Agora, tudo depende da reação dos bancos — e de quanto eles estão dispostos a baixar os juros.
