A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (15/12) que ele seja autorizado a realizar uma cirurgia de emergência e passe a cumprir prisão domiciliar.
O pedido da defesa foi feito após o ex-presidente realizar novos exames, dessa vez feitos por médicos da Polícia Federal. Segundo os advogados de Bolsonaro, o resultado confirmou a necessidade do procedimento cirúrgico para tratar duas hérnias inguinais.
“O estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Ocorre que, desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem recentemente realizado e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”, afirma a defesa no documento enviado ao STF.
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A hérnia inguinal acontece quando um tecido mole, geralmente do intestino, incha e cria uma saliência entre músculos do abdômen, podendo provocar dor e em casos mais graves, náusea e bloqueio da circulação.
O relatório médico apresentado pelos advogados indica a necessidade de um procedimento para correção cirúrgica das hérnias, chamada de herniorrafia inguinal bilateral. A operação que precisa ser realizada em hospital, sob anestesia geral, com previsão de internação entre cinco e sete dias para recuperação.
Essa não é a primeira vez que a defesa pede autorização para Bolsonaro realizar o procedimento cirúrgico. A solicitação inicial foi feita pelos advogados na terça-feira passada (9/12). O pedido ainda não foi julgado por que o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF, determinou que Bolsonaro passe por uma perícia médica da Polícia Federal (PF) em um prazo de 15 dias.
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Bolsonaro está detido desde 25 de novembro, quando começou a cumprir pena após condenação pelo STF por planejar uma tentativa de golpe de estado no país. Antes disso, desde 4 de agosto, ele cumpria prisão domiciliar, convertida em preventiva depois que tentou danificar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda, ato que Moraes interpretou como possível tentativa de fuga.
