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China acusa EUA de violar direito internacional ao apreender navios na Venezuela

Ações americanas integram estratégia do governo Trump para pressionar regime de Maduro

A China condenou a apreensão arbitrária de navios estrangeiros pelos Estados Unidos, classificando a prática como grave violação do direito internacional.

A manifestação ocorreu nesta segunda-feira (22/12), um dia após forças americanas interceptarem um terceiro navio petroleiro nas proximidades da Venezuela, segundo informações da agência Reuters.

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O petroleiro Bella 1 foi alvo da operação americana no domingo (21/12). A Reuters reportou que o navio foi interceptado e perseguido, mas que a abordagem completa ainda não havia sido concluída.

A ação integra a estratégia do governo Trump para pressionar o regime de Nicolás Maduro. Um representante do governo americano declarou à agência de notícias que o petroleiro estava sob sanções econômicas e navegava com bandeira falsa. O oficial explicou que as interceptações podem assumir diferentes formatos além da entrada de tropas na embarcação.

Esta operação está alinhada ao “bloqueio total” anunciado por Donald Trump na semana passada. Caso confirmada, será a segunda apreensão de navios petroleiros próximos à Venezuela apenas neste final de semana e a terceira em pouco mais de dez dias.

Após a divulgação da nova interceptação, o presidente venezuelano Nicolás Maduro reagiu afirmando que seu país enfrenta “uma campanha de agressão de terrorismo psicológico e corsários que assaltaram petroleiros”.

A Venezuela detém a maior reserva comprovada de petróleo do planeta, com aproximadamente 303 bilhões de barris, o que representa 17% do volume conhecido mundialmente, de acordo com a Energy Information Administration (EIA), órgão oficial de estatísticas energéticas dos EUA. Este volume coloca o país à frente de nações como Arábia Saudita (267 bilhões) e Irã (209 bilhões).

Grande parte do petróleo venezuelano é classificado como extra-pesado. Segundo a EIA, este tipo de petróleo “é bem adequado às refinarias norte-americanas, especialmente às localizadas ao longo da Costa do Golfo”.

A data e o local exatos da interceptação não foram divulgados até o momento. Um aspecto importante é que a embarcação apreendida no sábado não constava na lista de sanções dos Estados Unidos, diferentemente do petroleiro interceptado no domingo.

Desde a imposição de sanções ao setor energético venezuelano pelos EUA em 2019, comerciantes e refinarias que adquirem petróleo do país passaram a utilizar uma “frota fantasma” de navios-tanque que ocultam sua localização.

Leia mais: EUA interceptam outro navio perto da Venezuela, dizem autoridades

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