O presidente Lula está conduzindo articulações políticas para evitar o surgimento de candidatos de terceira via no espectro da direita e centro-direita nas eleições presidenciais de 2026, diz a colunista Daniela Lima, da TMC.
“O Lula está numa articulação pesada. Essa recomposição com o presidente da Câmara é só um pedacinho dela para rachar os partidos do Centrão, da Centro-Direita e impedir que haja um candidato de terceira via neste campo, da direita-centro-direita. Para replicar o quê? Um duelo ‘Lula versus um Bolsonaro’. Neste caso, neste momento até aqui, é o Flávio Bolsonaro”, explica a jornalista.
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Para tanto, Lula está fazendo uma recomposição ao se reaproximar do presidente da Câmara, Hugo Mota, do Republicanos.
“Republicanos é o partido dele, ele é da Paraíba. Está falando também muito fortemente com o União Brasil. E, neste papo, entra também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente do partido Antônio Rueda. Com o PP, o Lula deu uma piscadinha, está mandando mensagens, mandando sinais, fazendo sondagens e tem um trabalho muito forte, principalmente sobre Gilberto Kassab, o dono do PSD.”
“Estão no arco dessas legendas, nomes como os governadores Ronaldo Caiado, de Goiás, Ratinho Júnior, do Paraná, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Por que o Lula está mirando essas legendas? Ele quer que essas legendas sejam aliadas do PT em 2026? Não, ele só quer um compromisso de que elas não vão lançar candidato próprio. Fazendo isso, a polarização fica dada de saída.”
Na avaliação da colunista, o maior prejudicado desta estratégia de Lula é Ronaldo Caiado, governador de Goiás, do União Brasil.
“O Lula, em 2026, já começou. Ele está tentando travar as articulações. O principal afetado neste momento é Caiado, que já estava estruturando inclusive um time (para as eleições). Para poder botar essa candidatura em 2026 na rua, talvez ele tenha de procurar um outro partido.”
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