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Mais de 800 mil imóveis seguem sem luz em SP após passagem de ciclone

Apagão persiste há dois dias na capital e região metropolitana; governador Tarcísio pede intervenção no contrato da Enel, que mobilizou 700 geradores

A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica, ainda não conseguiu restabelecer o serviço para 830 mil imóveis no estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (12/12).

O problema persiste dois dias após a passagem de um ciclone extratropical que causou danos extensos à infraestrutura elétrica da região.

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Este é o quinto apagão que atinge a capital e região metropolitana em pouco mais de dois anos, desde novembro de 2023. A interrupção no fornecimento começou na quarta-feira (10/12), quando fortes ventos e tempestades provocados pelo fenômeno climático danificaram trechos inteiros da rede elétrica.

A concessionária não apresentou previsão para o restabelecimento completo do serviço. Consumidores relatam insatisfação com a demora para normalização do fornecimento.

“Para atender situações prioritárias, a companhia conta com 700 geradores. Reforçamos que seguiremos trabalhando até restabelecer a energia para todos os clientes afetados pelos efeitos do ciclone”, informou a Enel em nota.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou nesta quinta-feira (11/12) que o estado está refém da Enel e reiterou seu pedido de intervenção e caducidade no contrato de concessão do fornecimento de energia elétrica na região metropolitana. A empresa busca prorrogar seu contrato, que vence em 2028, por mais 30 anos.

Além da falta de energia, a cidade enfrenta outros transtornos como falta de água, problemas nos aeroportos e mais de mil árvores caídas.

Duas mortes foram registradas no estado em decorrência do ciclone. Um homem faleceu em Campos do Jordão na terça-feira (10) após o deslizamento de um talude atingir sua residência durante a tempestade. Na capital, uma mulher morreu após ser atingida pelo desabamento de um muro no Jardim Sapopemba, zona leste, na quarta-feira (10).

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, o ciclone está se afastando para alto-mar e os ventos diminuem na Grande São Paulo, mas um novo sistema de baixa pressão deve causar chuva no fim de semana.

Leia mais: Paraná: 352 cidades sob alerta de tempestade com ventos de 100 km/h

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