Depois de um ano com o preço do café nas alturas, a expectativa é de queda nos valores do produto em 2026. Especialistas apontam, no entanto, que isso não sigifica que o café vai ficar barato para os consumidores.
O café arábica, que á a variedade mais produzida no Brasil, aguenta uma temperatura entre 18°C e 22°C. Por isso, as secas e ondas de calor dos últimos anos afetaram as produções.
Siga a TMC no WhatsApp e fique por dentro das últimas notícias do Brasil e no mundo
Já para 2026, a previsão é de um clima mais chuvoso no Brasil, condição favorável para ajudar na produção de uma boa safra.
Com um bom volume de chuvas no primeiro semestre do ano que vem, a produção brasileira de café deve aumentar. Mesmo assim, a variação do preço deve ser baixa, segundo o professor de relações internacionais da ESPM, Fábio Andrade, que deu entrevista ao Link TMC nesta segunda-feira (22).
“O café é um produto que demanda condições muito específicas, é extremamente sensível ao clima e tem um tempo de produção muito longo. Então, essas características fazem com que a produção do café não responda imediatamente ao preço, ou seja, deve variar pouco”, explica o professor da ESPM.
A queda tímida no preço do café já vem acontecendo: em agosto deste ano, o preço do produto registrou uma queda de apenas 0,23%. Esse foi o primeiro declínio no preço desde dezembro de 2023.
Segundo o professor entrevistado pela TMC, os estoques de café devem continuar pressionados pelo aumento das compras dos Estados Unidos, após o fim da tarifa de 50% sobre o café brasileiro: “O café foi um dos últimos produtos a voltarem para um patamar de normalidade depois do tarifaço. Agora, com a volta das exportações, a gente vê um cenário que tende a variar o preço para o alto com a escassez do produto. Se variar para baixo, vai ser pouco”, afirmou Fábio Andrade.
Leia mais: Mercado vê Selic a 12,25% em 2026, mostra Focus
Veja a entrevista completa:
