O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve começar sessões de fisioterapia nesta sexta-feira (26/12) como parte de seu tratamento pós-operatório no hospital DF Star, em Brasília.
A medida integra o protocolo de recuperação após a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral realizada na quinta-feira (25/12).
A intervenção cirúrgica ocorreu na quinta e durou aproximadamente quatro horas, tendo início às 9h30. Segundo a equipe médica, o procedimento transcorreu dentro do previsto e sem intercorrências, corrigindo uma hérnia mais avançada no lado direito e outra em estágio inicial no lado esquerdo.
Os médicos optaram pela correção precoce do lado esquerdo para evitar que a condição evoluísse para um quadro semelhante ao do lado direito. A cirurgia foi conduzida pela equipe liderada pelo médico Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica do hospital.
De acordo com o boletim médico divulgado na tarde de quinta, além da fisioterapia, o tratamento pós-operatório inclui analgesia para controle da dor e medidas preventivas contra trombose venosa. A previsão é que o ex-presidente permaneça internado entre cinco e sete dias.
Novo procedimento
Existe a possibilidade de Bolsonaro passar por um novo procedimento médico na próxima segunda-feira (29/12). A equipe médica avalia a realização de um bloqueio anestésico do nervo frênico para tratar as crises de soluços que afetam o ex-presidente. Caso este procedimento adicional seja realizado, o tempo de internação poderá ser estendido.
Os médicos consideram prematuro avaliar se Bolsonaro poderá seguir para a Superintendência da Polícia Federal após receber alta hospitalar, pois isso dependerá da evolução clínica nos próximos dias.
Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, informou que ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) estão se revezando para monitorar o pai durante o pós-operatório, devido a episódios de apneia do sono.
Segundo Carlos, foram registrados mais de 90 casos por hora. “Essa disfunção, se não acompanhada de perto, pode agravar significativamente o quadro clínico e levar a situações ainda mais graves do que as já enfrentadas”, disse.
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