O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a investigação de todos os envolvidos nos descontos ilegais de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), inclusive do próprio filho, Fábio Luís Lula da Silva, o “Lulinha”. A fala do petista foi uma resposta à pergunta de uma jornalista, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (18/12).
No começo do mês, reportagens indicavam suposta participação de Lulinha no escândalo do INSS, a partir do depoimento de uma suposta testemunha. O fato foi exposto na comissão parlamentar que investiga o caso, a “CPMI do INSS”. O caso é mantido em sigilo, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
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“Eu, sinceramente, já li a respeito de algumas notícias. Eu tenho dito aos meus ministros e às pessoas que participam da CPI: ‘É importante que haja seriedade para que a gente possa investigar todas as pessoas que estão envolvidas, todas as pessoas. Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu envolvido nisso, ele será investigado’”, disse Lula.
Segundo revelou o Poder360, no dia 4 de dezembro, o filho mais velho de Lula com Marisa Letícia (1950-2017) teria uma relação de proximidade e até uma sociedade empresarial com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, preso desde 12 de setembro.
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Operação Sem Desconto
A declaração de Lula ocorre no mesmo dia em que uma nova fase da “Operação Sem Desconto”, da Polícia Federal, cumpre mandados de busca e apreensão contra o senador Weverton Rocha (PDT). A ordem foi determinada pelo ministro do STF André Mendonça.
Em nota, o senador informou que recebeu com surpresa a busca realizada pela PF. O informativo acrescenta que o parlamentar à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas, assim que tiver acesso integral a decisão.
Quem também esteve na mira da PF foi o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal, alvo de um mandado de prisão preventiva. Ele é acusado de envolvimento no esquema do INSS.
