Natural de Imperatriz (MA), Weverton Rocha Marques de Sousa, 46 anos, construiu sua trajetória política a partir do movimento estudantil até chegar ao Senado Federal. Nesta quinta-feira (18/12), o parlamentar do PDT foi incluído entre os investigados na Operação Sem Desconto, que apura esquema de descontos irregulares em benefícios previdenciários em todo o país.
A Polícia Federal cumpriu 52 mandados de busca e apreensão e 16 de prisão preventiva em diversos estados brasileiros. Entre os detidos está Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, preso anteriormente pelo mesmo esquema. Um assessor do senador maranhense também figura entre os investigados.
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Trajetória política
Weverton Rocha iniciou sua carreira no movimento estudantil, ocupando posições de liderança na União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e chegando à vice-presidência da União Nacional dos Estudantes.
Entre 2000 e 2006, trabalhou como assessor na Prefeitura de São Luís. Posteriormente, assumiu a Secretaria Estadual de Esporte e Juventude do Maranhão durante a gestão do então governador Jackson Lago, também do PDT.
Eleito suplente de deputado federal em 2010, assumiu o mandato em 2012 e permaneceu na Câmara até 2018. Durante esse período, posicionou-se contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e contra a reforma trabalhista de 2017.
Em 2018, conquistou uma cadeira no Senado Federal com mandato até 2026. Atualmente, integra a base de apoio ao governo do presidente Lula (PT) e atuou como relator da indicação do ministro Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal.
Processos anteriores
O senador maranhense tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal em março de 2017 por violação à lei de licitações e peculato. As acusações estão relacionadas à contratação e aditivos de obras para reforma de um ginásio esportivo em São Luís, quando era secretário estadual.
Investigações policiais apontam que Weverton teria destinado cerca de R$ 34 milhões em emendas parlamentares individuais para obras executadas por duas empresas sob investigação da PF: Construservice Empreendimentos e Pentágono Comércio e Engenharia.
O parlamentar também foi alvo da Operação Odoacro, que investiga possíveis irregularidades em contratos entre empresas e agentes públicos no Maranhão, com foco em fraudes e lavagem de dinheiro.
Em 2025, o Ministério Público do Maranhão ajuizou ação civil pública contra o senador por improbidade administrativa relacionada a supostas irregularidades na contratação de serviços de aluguel de veículos em 2009.
Em todos os processos anteriores, o senador negou envolvimento direto com as irregularidades, afirmando não ser parte nas investigações direcionadas a terceiros.
