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STF avalia transferir Bolsonaro para batalhão militar: entenda as motivações

Defesa alega agravamento no estado do ex-presidente e reclama de barulho de gerador próximo à cela na PF. Moraes determina perícia médica em 15 dias

O Supremo Tribunal Federal avalia a possibilidade de transferir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal. A análise ocorreu na quarta-feira (10/12), após a defesa alegar agravamento no estado de saúde do ex-presidente e reclamar do barulho constante de um gerador próximo à cela onde ele está detido. O local alternativo, conhecido como “Papudinha”, integra o Complexo Penitenciário da Papuda.

O ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal realize, em até 15 dias, um exame pericial para verificar a necessidade dos procedimentos cirúrgicos solicitados pela defesa. Os advogados argumentam que Bolsonaro precisa ficar internado entre cinco e sete dias para tratar crises recorrentes de soluços e corrigir uma hérnia inguinal.

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Na decisão, Moraes ressaltou que o exame de corpo de delito realizado no dia da prisão não indicou condições médicas que exigissem intervenção cirúrgica imediata. O ministro também lembrou ter determinado atendimento médico ininterrupto ao ex-presidente. “Desde aquele momento, não houve notícia de emergência médica”, declarou.

Além das questões médicas, o ex-presidente tem relatado dores de cabeça que atribui ao funcionamento de um gerador localizado ao lado da sala onde está detido.

Leia mais: PF encontra joias em operação contra assessora da Câmara ligada a Lira

Atualmente, Bolsonaro cumpre pena em uma cela de 12 metros quadrados na sede da PF em Brasília. O espaço possui cama de solteiro, armários, mesa de apoio, televisão, frigobar, ar-condicionado, janela e banheiro privativo, estrutura considerada mais confortável que as condições habituais do sistema prisional brasileiro.

O presidente da Comissão de Segurança da Câmara, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), visitou a cela na quinta (11/12) após autorização do STF. “O presidente está em solitária, 22 horas por dia dentro de uma sala de 3 por 4 metros. Isso não existe no Brasil. Ele só pode sair por duas horas diárias”, afirmou o parlamentar, aliado de Bolsonaro.

Na sexta (12/12), Carlos Bolsonaro divulgou em seu perfil no X um vídeo em que o pai aparece soluçando enquanto dorme, imagem que descreveu como “dolorosa”. O ex-vereador disse que Bolsonaro necessita de cuidados especiais contínuos e que seu quadro de saúde está se agravando.

“Existem episódios muito mais graves do que os que aparecem nesse vídeo, e eles representam risco real e imediato à sua vida”, afirmou Carlos. Ele também alertou: “Ele pode morrer, diante da crescente pressão dos últimos tempos. Sem cuidados médicos contínuos e um ambiente adequado, estamos diante de uma tragédia anunciada”.

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