Ao Vivo TMC
Ao Vivo TMC
InícioMundoMIT se recusa a aceitar termos de financiamento da...

MIT se recusa a aceitar termos de financiamento da Casa Branca; outras instituições ainda avaliam

Sally Kornbluth, presidente do MIT, disse que algumas das políticas restringiriam a independência e a liberdade de expressão da entidade

A presidente do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Sally Kornbluth, disse nesta sexta-feira que “não pode apoiar” um memorando enviado pela Casa Branca a nove universidades de elite dos EUA, na semana passada, detalhando as políticas a serem seguidas para consideração preferencial para financiamento federal.

Em uma carta aberta à secretária de Educação dos EUA, Linda McMahon, Kornbluth disse que algumas das políticas restringiriam a independência e a liberdade de expressão do MIT.

“A premissa do documento é inconsistente com nossa crença fundamental de que o financiamento científico deve ser baseado apenas no mérito científico”, disse Kornbluth na carta, publicada em um site do MIT.

O limite de 15% de matrículas em cursos de graduação internacionais, a proibição da consideração de raça ou sexo em contratações e admissões e a definição de gêneros com base na biologia eram algumas das políticas exigidas no memorando.

Segundo o memorando, instituições que adotarem “modelos e valores” diferentes dos ali descritos podem “abrir mão de benefícios federais”, enquanto instituições que cumprirem as diretrizes podem ser recompensadas.

O MIT foi a primeira universidade a se recusar a apoiar o memorando da Casa Branca, que se seguiu aos esforços do presidente republicano Donald Trump para usar a pressão financeira para forçar algumas das principais instituições de ensino superior do país a se submeterem a um controle sem precedentes sobre quem e o que ensinam.

Outras universidades disseram que estavam estudando as exigências do governo e elaborando respostas.

A Brown University foi uma das que recebeu o memorando, apesar de ter chegado a um acordo com o governo federal em julho, concordando em pagar US$50 milhões ao longo de 10 anos para apoiar o desenvolvimento da força de trabalho em Rhode Island, em troca do descongelamento pelo governo de US$510 milhões em financiamento para pesquisa médica e de ciências da saúde.

Em uma carta aberta nesta sexta-feira, a presidente da Brown, Christina Paxson, disse que estava trabalhando com a comunidade universitária para elaborar uma resposta ao memorando.

Na segunda-feira, o reitor e o presidente interino da Universidade da Virgínia anunciaram a formação de um grupo de trabalho para orientar a universidade sobre como responder, mas disseram que “seria difícil para a Universidade concordar com certas disposições” do memorando.

A Dartmouth University, a University of Arizona, a University of Southern California e a Vanderbilt também enviaram declarações dizendo que estavam decidindo como responder. A Universidade do Texas havia dito no início deste mês que estava “entusiasticamente” ansiosa para trabalhar com o governo.

O memorando de 10 pontos da Casa Branca solicita a “transformação ou abolição de unidades institucionais que propositalmente punem, menosprezam e até mesmo estimulam a violência contra ideias conservadoras”, mas não incluía medidas semelhantes para proteger ideias liberais.

Desde que Trump assumiu o cargo, em janeiro, a Casa Branca tem como alvo o que considera instituições de tendência liberal em vários campos e tenta reter o financiamento de faculdades e universidades sob argumentos que envolvem protestos pró-palestinos contra a guerra de Israel, aliado dos EUA, em Gaza, políticas para transgêneros, iniciativas climáticas e programas de diversidade, equidade e inclusão.

As ameaças do governo de cortar o financiamento federal de instituições como a Universidade de Harvard por supostamente favorecerem políticas de “esquerda radical” foram barradas por obstáculos legais.

*Reuters/Tradução Redação Brasília

Notícias que importam para você

Brasil aguarda resposta dos EUA para avançar em plano que deve guiar negociações comerciais

Brasil aguarda resposta dos EUA para avançar em plano que deve guiar negociações comerciais

Vieira se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington, após dois encontros durante o G7, grupo dos sete países mais ricos do planeta, no Canadá
Homem dentro de uma mesquita com as paredes danificadas por chamas

Presidente de Israel condena ataques na Cisjordânia: “passou dos limites”

Chefe do Exército israelense afirmou que “não vai tolerar” novos ataques; autoridade palestina acusa Israel de apoiar os colonos
Marco Rubio fala aos repórteres com bandeira dos EUA ao fundo

No G7, secretário de Estado dos EUA rejeita críticas aos ataques no Caribe

Rubio disse que europeus não podem ditar como Washington defende sua segurança nacional